[Resenha] Bruxos e Bruxas

Nome: Bruxos e Bruxas

Série: Witch & Wizard – Livro #01

Autores: James Patterson e Gabrielle Charbonnet

Edição: 1/2013

Editora: Novo Conceito

Páginas: 288

Sinopse: No meio da noite, os irmãos Allgood, Whit e Wisty, foram arrancados de sua casa, acusados de bruxaria e jogados em uma prisão. Milhares de outros jovens como eles também foram sequestrados, acusados e presos. Outros tantos estão desaparecidos. O destino destes jovens é desconhecido, mas assim é o mundo sob o regime da Nova Ordem, um governo opressor que acredita que todos os menores de dezoito anos são naturalmente suspeitos de conspiração. E o pior ainda está por vir, porque O Único Que É O Único não poupará esforços para acabar com a vida e a liberdade, com os livros e a música, com a arte e a magia, nem para extirpar tudo que tenha a ver com a vida de um adolescente normal. Caberá aos irmãos, Whit e Wisty, lutar contra esta terrível realidade que não está nada longe de nós.

Comentários:

Eu estava doida pra ler Bruxos e Bruxas, então podem imaginar minha empolgação quando o consegui. Foi um dos livros que ganhei no sorteio de aniversário do blog Descobrindo Livros. E apesar de ter lido varias criticas negativas, a premissa continuava me instigando a lê-lo. Mas infelizmente não fiquei tão satisfeita quanto esperava.

A trama consiste em uma distopia onde música, livros, filmes e quaisquer formas de arte foram proibidas. (Pesadelo não?) O mundo sofre com o regime da Nova Ordem, um governo ditatorial comandado pelo Único Que É O Único. Qualquer criança ou adolescente que se mostre um revolucionário em potencial vai para uma prisão de segurança máxima. Os protagonistas das nossa história são Wisty e Whit Allgood, uma irmã e um irmão de 15 e 17 anos que são presos sob acusação de bruxaria em pleno Século XXI. E por poderes que desconheciam atém então.

Parece promissor né? Nem tanto. Sim, a história é muito boa, os personagens são simpáticos e tem boas tiradas, há ótimos trechos, mas sabe quando parece que falta algo mais? Por exemplo, acontece tudo muito rápido e acabei não sentido o amadurecimento que certa parte sugeriu que os personagens tiveram. Também faltou um pouco de foco no porquê a Nova Ordem baniu livros, filmes e música. Certo, a arte incita o raciocínio e um jovem que pensa e forma seus conceitos é mais propenso a revolução. Isso qualquer um sabe. Mas como surgiu o Governo dos Únicos e de onde vieram, suas motivações e tudo mais são coisas que faltaram. E até a profecia sobre Wisty e Whit foi mal aproveitada. Talvez fique pros próximos volumes.

A narrativa é feita na primeira pessoa, alternando entre Wisty e Whit. E apesar de serem personagens agradáveis para se estar na mente, isso torna a leitura um tanto superficial já que pouco sabem sobre o que está acontecendo. Mas talvez seja essa a intenção. Também é um pouco confusa pelo fato de que a narrativa hora parece ser feita no presente e hora no passado. Os capítulos são extremamente curtos, poucos chegam a ter quatro páginas. Isso não seria problema se a maioria das pausas não fossem desnecessárias. Não vejo motivos pra interromper a narrativa pra continuar do mesmo ponto e sobre a mesma perspectiva. Talvez se a narrado na terceira pessoa e com capítulos um pouco mais longos, o enredo seria melhor aproveitado.

Não digo que Bruxos e Bruxos é um livro extremamente ruim. Como eu já disse, tem bons trechos, boas tiradas dos personagens e até alguns momentos tensos. E tem boas referências também. Mas é só isso. Dei umas risadas, mas a leitura intensa que a sinopse me prometia eu não tive. Ainda assim pretendo ler as sequencias porque tenho esperança de que melhore e pelo simples fato de que sou curiosa.

Bruxos e Bruxas é o primeiro livro da trilogia Witch & Wizard. O segundo livro se chama O Dom e também já foi lançado no Brasil. Faltando apenas The Fire, ainda sem previsão de lançamento e de como ficará o titulo em português. Espero que não seja “O Fogo”, porque vai ficar feio.

Enquanto olhava para minha mãe, tive um flash, uma série de lembranças começou a aparecer na minha cabeça. Ela e meu pai dizendo coisas do tipo "Você e o Whit são especiais, querida. Especiais mesmo. Às vezes, as pessoas tem medo de quem é diferente. E o medo faz com que elas fiquem bravas e irracionais." Mas todos os pais acham que seus filhos são especiais, né? "Falando sério, Wisty, vocês são especiais mesmo", minha mãe tinha dito uma vez, erguendo minha cabeça pelo queixo. "Preste atenção, querida!"

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