sábado, 7 de junho de 2014

Hawaii Five-0 – Balanço da 4ª temporada


Uma temporada de ganhos e perdas.

E depois de um mês do fim da temporada finalmente venho com o balanço. Desculpa gente, mas não está fácil. A questão é que como quero fazer textos bastante completos pra compensar o fato de não fazer reviews dos episódios, acabo levando mais tempo que o normal para compactar o que realmente importa de forma coerente. E talvez o fato de eu escrever reviews de Hawaii Five-0 para o Canal deSéries e Hawaii Five-0 Brasil torne isso ainda mais difícil aqui, visto que tenho muitos detalhes em mente. Mas vamos lá.


Numa visão geral, a 4ª temporada foi muito boa. Apesar de não ter sido tudo aquilo que prometeu na estreia, teve mais momentos bons que ruins. Não justificando boa parte dos comentários negativos feitos por fãs. Muita gente criticou o plot de Kono e Adam fugindo pelo Japão. Levando em conta que foi um plot criado de improviso para justificar a ausência da personagem enquanto Grace Park estava na licença maternidade, achei até bom. Sem falar que só provou ainda mais a valentia da nossa guerreira havaiana. Como esquecer Kono derrubando quatro caras de uma vez enquanto donzela-chamada-Adam ficou lá parado feito um dois de paus? Quero ser que nem a Kono quando crescer. (Lembrando que adoro o Adam, mas esperava mais de um herdeiro da Yakuza.) Felizmente voltaram pra casa no meio da temporada e Kono retornou ao lugar que pertence na Five-0. Até porque o breve relance de Kono aos 16 anos que vimos no flashback prova que o destino dela era ser policial. E recentemente descobrimos a possibilidade de um casamento vindo aí. Só quero ver as piadinhas do Danno... E claro, Kamekona se desmanchando na cerimônia como no casamento do Chin.


Chin esteve mais participativo que nunca, e não só durante a ausência da prima. Foi ele quem apresentou Jerry para a equipe, o que além de encher os saudosos fãs de Lost de nostalgia por ver Daniel Dae Kim e Jorge Garcia trabalhando juntos novamente agregou muito à série com casos envolvendo conspirações. (I love it!) E com ele foi ao reencontro da turma do High School. Ainda tivemos a prova de que definitivamente o Natal não é uma boa época pra Chin. Mas se algum dia eu tiver que escolher alguém pra ficar presa no porão de um psicopata, esse alguém seria Chin Ho Kelly. Também teve que enfrentar a reabertura da investigação sobre a morte de seu pai. Isso foi bom tanto pelos flashbacks mostrando o tempo em que Chin foi parceiro de John e todo o conflito com o irmão de Malia quanto pelo interrogatório feito por um inspetor cínico interpretado por Robert Kenepper. E ainda viu um de seus antigos pupilos da Academia morto, assassinado a sangue frio. Mas nem tudo foi terrível, e Chin finalmente pode dar uma nova chance ao amor. Esperamos que consiga ser tão feliz com Leilani quanto foi com Malia. Ah sim, não vamos esquecer que Chin Ho deu 110% de si aprendendo a cuidar de um bebê. Pra tudo tem uma primeira vez na vida.


E meu surtado favorito Danno continua... Bem, surtando. Entre o fim do namoro com Gabby, o trote de papel higiênico na sua árvore feito pela própria Grace, sua mãe querendo se divorciar de seu pai e o constrangedor momento em que Grace conheceu sua nova namorada Amber é difícil saber o que fez Danno pirar mais. Saiu do sério por milhões de motivos mais, mas esses foram os principais. E claro que a melhor forma de aliviar o stress é tentando estressar Steve, porque não era uma boa Cath trabalhar com o ex e Doris teve que forjar a própria morte pra se livrar de John ao invés de se divorciar como um ser humano normal entre outras coisas. Se bem que descobrimos ter algo mais profundo por trás de todo o drama, algo com o qual até me identifiquei um pouco. Mas apesar de tudo isso, de ter servido de refém mais algumas vezes e descobrir que Grace anda seguindo as leis da Omertà quando se envolveu em uma briga na escola, teve com a filha um momento bonitinho no Natal. A caixinha que encontraram na praia levou Danno e Grace numa viagem ao Japão para devolver a um pai a única lembrança da família que morreu no tsunami de 2011. Também quase morreu na explosão de um prédio, mas isso é assunto pra depois. Só sei que com algumas coisas que Danno passou, talvez pare de reclamar tanto. (Mas tomara que não, porquê é muito divertido.)


Steve ainda é aquele neandertal que pula em helicópteros decolando e coisas do tipo. Mas dentro do homem das cavernas bate um coração de homo sapiens, e como sofreu nessa temporada! Foi refém três vezes, teve que dar a um grupo de terroristas o que queriam pra poder salvar Cath e de quebra ganhou a antipatia de Grover, suspeitou que Lorde Fat fosse seu irmão (graças a Deus não é), teve que lidar com o fato que a querida Tia Deb tem um câncer terminal e ele nada pode fazer a respeito, foi torturado por um grupo talibã e por aí vai. Steve tinha ganho um novo rival, o Capitão da SWAT Lou Grover. Mas depois que o Governador Denning mandou que trabalhassem juntos por um dia os dois aprenderam a lidar com as diferenças e hoje se adoram, assim como nós adoramos essa nova dupla. Tanto que depois que no season finale quando Grover foi expulso da SWAT já foi recrutado pra Five-0. Mas estou falando de Steve aqui. O que mais me dói é que agora que ele parecia começar a de fato derrubar as barreiras para talvez dar os próximos passos no relacionamento com Cath, separam os dois. Isso pouco antes de descobrir que Doris foi visitar Lorde Fat duas vezes nesse último ano desaparecida mas não procurou Steve nem Mary uma única vez. Sabemos que Steve tem ótimos amigos que dariam a vida por ele e visse versa e Jerry não se importaria em voltar a ser seu colega de quarto, mas e a família? Parece que todos morrem ou vão embora, quanto tempo vai levar pro Steve ficar louco? (Sim, segundo Danno o Steve já é louco. Mas quero dizer louco mesmo.) E arranjar encrenca com a CIA por causa das últimas descobertas não vai ajudar.


O que não entendo é o que fizeram com Cath, apesar de saber os motivos. No início estava tudo bem e a personagem ia crescendo. Ela tinha prometido a Kono que cuidaria dos rapazes e era o que estava fazendo. Saiu da Marinha pra entrar na segurança privada ao lado de seu ex-namorado Billy pra logo em seguida vê-lo morrer tragicamente. Desempregada, Cath resolveu ajudar Kono e Adam e começou investigações por conta própria com direito a momento Alias e em seguida foi recrutada pra Five-0. Depois disso infelizmente parece que a coisa começou a desandar. O namoro de Cath e Steve estava indo tão bem, tão bonito de se ver, e de repente... puff! Depois que Cath virou uma Five-0 parece que os dois nem se olhavam direito. Então veio a notícia que Michelle Borth sairia do elenco. Eu esperava pelo menos uma despedida gloriosa, mas apesar da bonita história de confiança entre Cath e a família Khan tivemos um plot que não justifica uma saída muito longa e muito menos definitiva. Isso deveria ser bom, mas já deixaram claro que Cath não voltará pro elenco fixo. Mas se voltar com participações como nas duas primeiras temporadas já me dou por satisfeita. O que não posso aceitar é o fim do relacionamento de Steve e Cath, não quando finalmente disseram que se amam. Triste mesmo é saber que a saída da personagem ocorreu porque algumas “fãs” tem ciúme do Steve.


Alguns casos foram meio non sense, outros no entanto foram maravilhosos. Tivemos dois casos de conspiração, uma histórica envolvendo os anéis da família Medici e a estátua do Rei Kamehameha I e uma política envolvendo em satélite chinês de espionagem. Ambos contaram com a colaboração do já citado Jerry que agregou muito a série e na próxima temporada será fixo. Se for pra fazer coisas como descobrir que a Champ Box é rosa escuro ao invés de vermelho veludo e chamar Danno de “Scully” já está ótimo. Também tivemos: um Texas Ranger tentando resgatar a filha; um cientista que pretendia corrigir jovens infratores realizando operações cerebrais; um jovem hacker interpretado por Nick Jonas que foi capaz de invadir o sistema aéreo e ameaçou derrubar um avião com mais de 300 passageiros e que voltou no fim da temporada sequestrando a filha de Grover; um homem que matou a esposa e o amante dela e escondeu os corpos na parede como em um conto de Edgar Alan Poe; um episódio montado por fãs que trouxe um caso de questões mal resolvidas; uma jovem sociopata que seduziu e enganou um rapaz para matar o pai; um ex-presidiário fugitivo que sequestrou Steve e Danno pois foi a única forma que encontrou de provar sua inocência à filha e um grupo de jovens convertidos treinados para serem terroristas. Mas sem dúvida o melhor e mais emocionante foi o caso em homenagem ao veteranos de Pearl Harbor. Um episódio tão bom que acabou sendo uma bela história de honra e perdão, e ainda trouxe uma pequena revelação sobre o avô de Steve.


Me perdoem, mas preciso de um paragrafo só pra falar sobre o momento Three Men and a Baby. Primeiro que Mary adotando um bebê já é um fato inusitado por si só, mas ver Steve, Danno e Chin se revezando para cuidar da pequena Joan enquanto Mary se recuperava da salmonela foi impagável! Queria mais momentos desse. Chin que não sabia nem como segurar um bebê e ainda acabou levando uma golfada, Steve que até tentou ser indiferente mas acabou se mostrando um tio coruja e Danno que era o único com experiência no assunto e até contou uma adorável história sobre um Príncipe Encantado muito lindo e um ogro muito malvado que não o deixava montar seu próprio cavalo (Once Upon a Time in Hawaii). O irônico é que os dois que não tinham jeito com criança eram até então os únicos pais na vida real. A verdade é que não teve cena com Joan que não tenhamos amado. Seria ótimo se Mary aparecesse mais (claro, quando Taryn Manning não estiver trabalhando em Orange is the New Black) e deixasse a pequena Joan aos cuidados do irmão e seus amigos para nossa alegria.


Preciso também de um paragrafo exclusivo também pra falar do bromance McDanno. Tivemos um breve momento em que os dois partilharam poucas cenas, mas felizmente durou pouco. Houve trocas de conselhos (bons ou não), momentos em que pareciam dois moleques (“Não quero mais ser teu amigo!”), alfinetadas (“Por que não pergunta à Doris onde Wo Fat está?”) e por aí vai. Vimos Danno azucrinando Steve dizendo que era uma péssima ideia permitir que Cath trabalhasse com Billy e Steve tentando fugir do fogo cruzado entre mãe e filho Williams. Mas tivemos boas overdoses de McDanno quando ambos foram sequestrados e foram juntos ao Camboja investigar o misterioso túmulo. Também foram técnicos do time mirim de basebol patrocinado por Kamekona onde Grace joga, e rival do time de Cath. Todavia, nada disso foi páreo para os escombros do prédio em que ficaram presos. O tipo de situação que você sabe que vai acabar bem, mas, até lá, você sofre. Ainda mais porque por um tempo achamos que a revelação de que Danno tem claustrofobia seria apenas pra comentários engraçados. Os dois se xingaram, se ajudaram, e foi ótimo ver isso tudo. Tenso foi descobrir que a explosão foi uma tentativa de acabar com a Five-0 e impedir Steve de continuar com suas perguntas. O que seria motivo suficiente pro Danno “odiá-lo” ainda mais, já que foi a causa de precisar de fisioterapia. Mas depois de irem até o Centro Médico de Veteranos em San Diego comunicar ao Sargento Kirk que os responsáveis pelo incidente de seu pelotão foram presos, o próprio Danno pediu a Steve que lhe batesse forte na cabeça caso reclamasse da fisioterapia de novo. E além de tudo foi uma cena emocionante.


Embora tenha adorado a temporada, não pude deixar de ficar um tanto decepcionada com o season finale. Foi um bom episódio, aprendemos a amar Grover e todas as implicações que ele e Steve tem um com o outro (ainda tento descobrir que gosto teria um peixe suicida) então foi bom ter um drama envolvendo o personagem. Também teve referência aos Beatles e direito a um daqueles épicos momentos fuck yeah da equipe, mas não teve nada de bombástico pra um season finale. E olha que Hawaii Five-0 foi mestre nesse quesito nas temporadas anteriores. Mas o que aconteceu aqui eu não sei. Se fosse penúltimo da temporada teria sido perfeito, pois vimos Lorde Fat detonando tudo pra fugir da prisão e então ficaríamos ansiosos pra ver na semana seguinte o que quer com Steve e aí sim teríamos a bomba para a próxima temporada. Mas não foi a escolha da produção. Pelo menos podemos esperar pelo novo encontro de Lorde Fat e Steve. E com a descoberta de que Pappa Fat está vivo provavelmente teremos uma bela caçada.

Encerro pedindo um minuto de silêncio em memória do Camaro Prata. Ele que serviu bravamente em tantas perseguições e foi berço de tantos carguments teve um fim trágico, porém honroso, em batalha. O Camaro Preto ocupou dignamente seu posto, mas nunca esqueceremos o Camaro Prata. E uma saudação ao Computador, que esteve por um fio mas se recuperou como um valente soldado e hoje está ainda melhor.

4 comentários:

  1. Hey :3

    Eu não li seu balanço da 4º temporada por que não assisti nem a primeira, mas já tive vontade de começar a ver essa serie, não sei se farei isso por causa do tempo.

    Beijos
    Pepper Lipstick

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  2. GabrielaCeruttiZimmermann9 de junho de 2014 às 09:32

    Ah mas quando puder veja, Bia. Hawaii Five-0 é só amor. ^^


    Abraço!

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  3. Oi Gabi,

    Mais uma para a lista de "séries que eu preciso ver antes do fim do mundo". Você escreve seus textos de forma tão interessante que é impossível não sentir curiosidade em conhecer esses personagens ou as situações citadas. O resumo dos episódios da temporada me chamaram mais atenção ainda. Anéis dos Médicis? Espionagem? Ok, me rendo. Quero ver.

    Abraços!!!

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  4. GabrielaCeruttiZimmermann17 de junho de 2014 às 11:26

    É só o que sinto, Jeferson. Mas finco feliz que o texto te desperte curiosidade. Esses casos de conspiração foram de tirar o fôlego, mas Hawaii Five-0 é o tipo de série que conquista pelos personagens. Amo o quarteto principal! Espero que possa ver em breve. :)


    Abraço!

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