quinta-feira, 19 de junho de 2014

The 100 – Balanço da 1ª Temporada


A que se salva.

Eis a série que comecei a ver com os dois pés atrás (afinal, é uma série da CW) mas que precisava ver porque tem alguém de Lost e que acabou me conquistando. Não, não virou uma das queridinhas assim como o Concelheiro Kane não tirou o posto de melhor personagem de Henry Ian Cusick que continua sendo de Desmond. Mas comparando com outras séries do canal que comecei a assistir por causa de atores de Lost (The Vampire Diaries por causa de Ian Somerhalder, Ringer por causa de Nestor Carbonell e The Tomorrow People por causa de Mark Pellegrino), The 100 é a que se saiu melhor.

Por que The 100 se saiu melhor? Ora, porque apesar de se uma série dirigida a um público jovem e com um elenco não-tão-jovem-mas-que-se-faz-de-adolescente como em 99,9% das produções do canal, conseguiu fazer algo um tanto crível. Digo isso porque os personagens não entraram naqueles tórridos romances avassaladores impossíveis de se acreditar e que se tornam irritantes por isso. Mas apesar de romances avassaladores serem normais nessa faixa etária, esses personagens sofrearam tanto e tiveram tantas privações que foram obrigados a amadurecer cedo. São adolescentes com uma carga emocional imensa e que acima de tudo precisavam se preocupar em sobreviver. Por isso achei certo não focarem já no romance entre os protagonistas.


Claro, teve uma pitadinha de romance. Numa história que foca no caráter dos personagens é necessário abordar as emoções destes. Teve uma aproximação entre Clarke e Finn, mas tiveram que dar espaço ele resolvesse sua história com Raven assim que esta chegou. Nada mais justo. Até achei legal quando Raven descobriu por conta própria o que tinha acontecido e perguntou para Clarke se ela o amava, e teve como resposta “Eu mal o conheço”. Foi a mais pura verdade. Dizem quem Bellamy vai entrar nesse triângulo amoroso. Honestamente, não sinto nada entre ele e Clarke. Só se for pra ficar com Raven, caso ela sobreviva. A única que realmente teve um romance foi Octávia. O que se justifica por ela ser uma personagem que não está só descobrindo o mundo, mas a liberdade e as pessoas. E depois de beijar Jasper e “dar uns pegas” com Anton, conheceu e se apaixonou pelo Terra-firme Lincoln. Um romance difícil, que não nasceu da noite pro dia e que denota de grande devoção e confiança por parte de ambos.

Gostei da profundidade dos personagens, tanto dos jovens quantos dos adultos que ficaram na Arca. Vejo muita gente reclamando da Clarke e dizendo que ela é cheia de mimimi, mas levando em conta tudo que ela passou é compreensível que de vez em quando ela precise desabafar. E isso não a impede de ser forte, uma boa líder que ainda precisa dar atendimento médico ao grupo. Também gostei de Jasper e Monty, personagens que são pouco citados mas que tiveram certa importância em momentos decisivos. Os conhecimentos deles ajudaram um bocado. Mas admito que nada se compara aos irmãos Bellamy e Octávia. Suas personalidades únicas e a história conturbada são inquietantes e as vezes de partir o coração. Passaram dificuldades extremas simplesmente porque a mãe teve mais de um filho, se desentenderam e chegaram a brigar feio. Mas são irmãos e se amam. Quando Bellamy disse a Octávia no season finale que sua vida começou quando ela nasceu. foi difícil não se emocionar.

Impressão minha ou tem um bandeira do Brasil ali?

Só tenho que confessar que meus personagens favoritos estavam na Arca. Os atores contribuíram, mas realmente gostei mais de suas tramas. Adorei ver a perseverança e a fé de Abi para reencontrar Clarke, como ela não se dá por vencida facilmente. Kane me enganou completamente. Jurava que o papel de líder ditador essencial em distopias caberia a ele. Mas desde que soubemos que a mãe dele era a hippie da Arca isso começou a mudar, principalmente depois que ela morreu. Chegou a ter um dia de bêbado depressivo, o que me deu uma certa nostalgia. (Será que era whisky McCutcheon?) E então virou defensor da justiça disposto até mesmo a se sacrificar para salvar vidas. Foi bonito ver essa evolução do personagem. O Chanceler Jaha sempre se mostrou um líder justo e que sentia por ter que tomar decisões drásticas, que infelizmente eram necessárias. E acabou fazendo um último sacrifício pela única oportunidade de sobrevivência dos demais, tendo como consolo o reencontro com seu amado filho Wells. Se bem que do jeito que a série anda nada impede que ele encontre um modo de ir pra Terra. Quanto aos que conseguiram chegar, o desafio agora será encontrar seus jovens. E é impressão minha ou Abi e Kane estão cada vez mais próximos?

Mas teve bastante coisa que me incomodou. Não mencionarei aqueles fatos que fazem você ter que desligar o botão do bom senso pra conseguir assistir porque, afinal de contas, é uma série da CW. Mas aquele plot da menina Charlotte que matou Wells e acabou se matando por não conseguir lidar com o dilema do grupo se ela deveria ser perdoada ou punida foi muito chato. Sim, fiquei com pena da menina, mas foi algo irritante de se acompanhar. Outra coisa que me incomodou foi o fim que deram para Diana Sydney, que acreditei ser a verdadeira ditadora dessa distopia. Mas aí ela simplesmente morre na explosão da Nave Exodus? Tudo bem que ela pode ter ejetado antes, mas aí é daquele tipo de coisa que odeio na CW. Além de várias incoerências a respeito dos Terra-firmes, mas aprendi a relevar esse tipo de coisa.

E a temporada acabou de forma nada menos que chocante. O remanescentes da Arca chegaram com a esperança de reencontrar seus jovens sem saber da guerra que tiveram que travar pela sobrevivência e muito menos que se encontram em um tipo de quarentena. É, parece que sobreviveu mais gente à catástrofe nuclear do que imaginamos a princípio. E preciso ver se consigo o livro antes que comece a 2ª temporada.

2 comentários:

  1. Oi Gabi,

    Por enquanto assisti apenas ao piloto dessa série, mas pretendo continuar acompanhando. Bom saber que apesar das ressalvas ela mantém a qualidade no decorrer da temporada e que não perde muito tempo com dramas românticos. Quando terminar de ver te conto o que achei. Ah, também quero ler os livros.

    Abraços!!!

    ResponderExcluir
  2. GabrielaCeruttiZimmermann28 de junho de 2014 às 11:58

    Sim Jeferson, The 100 conseguiu abrir mão de alguns clichês da CW e se sobressair. E espero que continue assim. Eu não quero, eu PRECISO dos livros! kkkk


    Abraço!

    ResponderExcluir