segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Intelligence - Primeiras impressões


Uma proposta inteligente, mas com ressalvas.

Como as novas séries da mid season que irei acompanhar irão estrear em datas mais distantes, poderei fazer posts individuais sobre as primeiras impressões destas. Mesmo assim tentarei falar de forma breve, pra não sentir que fui “desonesta” com as estreias anteriores. Começando por Intelligence, iniciada dia 7 de Janeiro.

A trama acompanha o Agente Gabriel Vaughn (Josh Holloway, o Sawyer de Lost), um ex-fuzileiro naval que agora faz parte de um novo programa de segurança do Governo. Esse programa consiste em implantar um microchip no cérebro do agente possibilitando que tenha acesso a qualquer informação e ainda redes wi-fi, satélites e etc. Gabriel é o primeiro e único até então.

Para acompanhá-lo e protegê-lo foi designada a Agente Riley Neal (Meghan Ory, Ruby/Chapeuzinho Vermelho de Once Upon a Time), que começa achando que o seu trabalho na segurança do Presidente é mais importante que acompanhar Gabriel. Embora seu próprio ex-chefe discorde disso. E à frente de tudo temos a Diretora Lillian Strand (Marg Helgenberger, de CSI), uma líder bastante imponente mas que além de mandar sabe encorajar.


A proposta pode não ser exatamente original. Trazer o avanço da tecnologia aliada ao ser humano como forma de melhorar a segurança como tema já é algo bastante recorrente na TV, cinema e literatura. Isso muitas vezes traz mais riscos de errar do que de acertar. Intelligence foi até dada como uma Chuck mais séria”, não vejo bem assim. Se você viu Chuck, sabe que o personagem título (interpretado por Zachary Levy) nunca teve um microchip implantado. Tudo que ele tinha era o Intersect, uma série de informações secretas que criptografadas como na forma de imagens ficavam gravadas em seu próprio subconsciente, mais ou menos como as mensagens subliminares. Chuck tinha acesso a essas informações por meio de “flashes” que ele não controlava. Já Gabriel possui muito mais que informações, podendo até fazer visualizações virtuais das cenas do crime, e o controle sobre tudo.

Foi um piloto perfeito? Não, mas foi bastante razoável. Mostrou que Intelligence tem um grande potencial, principalmente no que diz respeito a carga dramática. Aparentemente conseguirão fazer um bom paralelo entre os casos e os dramas pessoais de Gabriel, talvez de forma quase tão brilhante como em Alias ou Fringe. E quais seriam esses dramas? Só pra começar, sua esposa Amelia (Sandy Sidhu) era uma agente infiltrada após atentado no Taj Mahal é tida como traidora e foi dada como morta. Gabriel não acredita em nenhuma dessas afirmações. E até Lillian que inicialmente aparenta ter as mesmas opiniões que o Governo, concorda com ele como Riley percebeu. E as duas o ajudarão nessa caçada pela verdade. Além disso, o primeiro caso abordado na série envolveu o Dr. Shenandoah Cassidy (John Billingsley), o criador do microchip e do projeto. Gabriel o tem como um segundo pai, e o filho de Dr. Cassidy, Nelson (P.J. Byrne), tem certo ciúme dessa relação. Chegando a chamar Gabriel de “Pinocchio”. Será um plot interessante de se acompanhar.

Se isso tudo já não fosse drama suficiente, temos vilões que não foram muito mostrados mas o bastante pra sabermos a que vieram. E que agora possuem como principal arma sua própria cybercop, com um microchip mais avançado que o de Gabriel. Aí é que o bicho pega.


Outro ponto positivo são as personagens femininas, fortes sem soar arrogantes ou pretensiosas. Como já mencionei acima, a Diretora Lillian é uma líder que sabe manter a equipe unida. Dando as ordens necessárias, mas também protegendo e encorajando quando preciso. Riley é bastante determinada e valente, com um humor bem típico (impossível não rir do momento em que ela manda Gabriel atualizar o app de tradução). E a história de Riley me lembrou um bocado de Olivia Dunham (Anna Torv em Fringe), espero que continue sendo tão forte quanto. Mas numa visão geral todos os personagens pareceram audazes e carismáticos, e com um ótimo entrosamento. Principalmente Gabriel e Riley.

Vocês podem até ter presumido que comecei a assistir Intelligence por causa do Josh Holloway. E foi mesmo, não nego. Até fiquei surpresa quando Meghan Ory foi integrada ao elenco, gostei do trabalho dela em Once Upon a Time. Também tenho um grande apreço por tramas de ficção científica, mas o nome de Josh sempre falou mais alto. Até porque onde houver um integrante de Lost, lá estarei eu assistindo. Precisava acompanhar mesmo com as grandes chances de flop. Foi a estreia de maior audiência da fall season até agora, mas a trama precisa evoluir um tanto se quiser mantê-la e vingar. Esperar que Gabriel possa conquistar nossos corações assim como Sawyer.


P.S.: Disse que ia ser breve, mas o post ficou enorme. Acontece quando não tenho limite. :P

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