sexta-feira, 23 de maio de 2014

Once Upon a Time – Balanço da 3ª temporada


E Once Upon a Time encontrou a estrada de tijolos amarelos.

Não gosto de desabafar nos posts, mas preciso começar dizendo que tem mais temporadas acabando por semana do que essa pobre blogueira consegue escrever balanços. Com isso alguns vão demorar pra sair, mas vão sair. Incluindo das canceladas que estarão em um único post. Então só tenham um pouco de paciência até que eu consiga colocar balanços, resenhas e tudo mais em dia. Desabafo feito, vamos ao que interessa.

Once Upon a Time se tornou um belo exemplo do que é aprender com seus erros e dar a volta por cima. Quando Emma, Regina, Snow, Charming, Rumple e Hook decidiram ir à Terra do Nunca salvar Henry enquanto os que ficaram em Storybrooke precisariam lutar pra proteger a cidade tudo parecia promissor. Mas a promessa não ficou por muito tempo, e logo retornou o ritmo enfadonho da 2ª temporada. O que fez de Neverland uma das piores fazes da série, pra tristeza dos fãs de Peter Pan como eu.



Não que tenha sido um desastre total, algumas coisas foram realmente boas. Conhecer o passado de Hook, como se tornou o Capitão do Jolly Roger, foi surpreendente. Ver Tinker Bell e saber que ela tentou ajudar Regina no passado foi bem legal. Teve a adorável Ariel que deveria aparecer mais. Os sacrifícios de Regina (mais adiante). E embora haja controvérsias sobre o rolo que a árvore genealógica da família principal virou, Peter Pan como pai de Rumple e bisavô de Henry foi uma jogada bastante dramática. Trazer Peter Pan como vilão por si só já foi uma boa aposta.

Em contrapartida veio um lenga-lenga sem fim que parecia levar nada a lugar nenhum. A história parecia simplesmente não andar, e alguns bons plots vieram acompanhados de coisas que não serviam pra nada. Descobrir Neal vivo na Floresta Encantada tentando arranjar um meio de ajudar Emma e Henry foi uma boa pedida, mas pra que serviu descobrir que a Mulan é lésbica? Defendo as diferenças, mas não vejo porquê criar um plot com um personagem que partiu e não se sabe se vai voltar. Porque a essa altura os produtores já sabiam que Jamie Chung estava escalada para Believe. Acho que os produtores não precisavam fazer algo só porquê os fãs queriam, acabou que nem o significado da tatuagem do Jack em Lost. O fãs pediram, os produtores fizeram e no fim não serviu pra nada. Sem falar que a escolha de Mulan como personagem gay me soou um tanto caricato. E o que dizer do flashback com Snow matando a Medusa? Sem mais.

Passado o período Neverland, com a nova maldição veio Oz. Essa homenagem aos 75 da adaptação cinematográfica de O Mágico de Oz foi ascensão de Once Upon a Time. Primeiro que trouxeram Rebecca Mader como Wicked Witch. Teve todo o esforço pra quebrar a nova maldição (mais pontos pra Regina), a gravidez de Ginnifer Goodwin foi bem aproveitada no roteiro e Rumple continua vivo! Ficou meio apagadinho por um tempo, é verdade. Mas está vivo! Neal sempre me foi contraditório. Gosto do pequeno Bae, do grande Neal nem tanto. Mas sua morte foi triste, porém honrosa. E voltando à Wicked Witch, trazê-la como irmã abandonada de Regina deu a sacudida que a série precisava. Foi um verdadeiro show a disputa das duas. Nem fiquei chateada por fazerem de Rapunzel uma personagem de um episódio só. Até porque nunca foi um dos meus contos preferidos mesmo.



Ver que Wicked Witch pretendia quebrar as regras da magia me deixou um tanto apreensiva, foi o que aconteceu em Once Upon a Time in Wonderland. Creio então que esse deveria ser o cerne do crossover que não chegou a acontecer porque o spin-off foi cancelado. Mas se Jafar queria fazer o pai amá-lo, Wicked Witch queria voltar no tempo e impedir que Cora a abandonasse. Não conseguiu o que queria, mas rendeu um maravilhoso season finale com Emma e Hook protagonizando uma versão encantada de De Volta Para o Futuro. Sem DeLorean, mas com ótimas referências. Sofri demais com Príncipe Charles e Princesa Leia. Conseguiram consertar a burrada de Emma e de quebra deixar a história ainda mais interessante, no entanto estragaram de novo a felicidade da Regina (só pra não perder o hábito) e trouxeram sem querer mais encrenca para Storybrooke.

Preciso dizer que essa foi a temporada de Regina. Ela e Rumple sempre foram meus queridinhos, mas essa foi realmente a vez de Regina reinar. Foi lindo vê-la disposta a abrir mão de tanto, fazer verdadeiros sacrifícios por Henry. Com certeza um dos melhores episódios da temporada foi o com flashbacks de quando Regina adotou Henry. Vê-la aprendendo o significado de ser mãe foi uma das coisas mais bonitas que já vi na TV. Ainda teve o romance com Robin Hood. Sério, Regina apaixonada e feliz não foi a coisa mais linda? *-* Então estava tudo indo bem com Regina quebrando a maldição, sendo heroína e mais diva do que nunca. Só que aí a Emma comete um erro fatal e traz Marian do passado na maior ignorância. Não, essa família não consegue deixar Regina ser feliz. Porra, Emma!

Pra finalizar, a cena final mostrou a Rainha Elsa se materializando (literalmente). Sim, ela será a vilã da próxima temporada e promete deixar Storybrooke numa fria (desculpem, não resisti). Como ela será vilã, acredito que os roteiristas façam a história da personagem não em cima de Frozen mas do conto A Rainha da Neve de Hans Christian Andersen no qual a animação é levemente baseada. Todavia, não duvido da possibilidade de vermos também Princesa Anna, Kristoff e até Olaf. Sobre uma performance de Let it Go (Let it go, let it go/Can't hold it back anymore”), já é outra história. Não há nada divulgado sobre quem interpretará Elsa. Confesso que eu gostaria que fosse Anna Torv, mas como a saudosa Olivia Dunham já está escalada para a próxima série de Ryan Murphy isso não será possível. Mas aqui estou e ficarei esperando pela 4ª temporada e a divulgação de quem dará vida à Elsa.

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