segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Especial De Volta Para o Futuro


Para onde vamos não precisamos de estradas.


Back to the Future Theme Song - Alan Silvestri



Há muito tempo tinha vontade de conferir a trilogia De Volta Para o Futuro, as aventuras de Marty McFly e do Doutor Emmet Brown que marcaram gerações e deixaram seu legado para a história do cinema. Como em 2015 completam-se 30 anos do lançamento do primeiro filme não havia mais motivos para esperar, e gostaria de ter feito isso há tempo para uma postagem especial em 3 de julho, aniversário do lançamento original. Entretanto, consegui realizar a experiência a tempo de comemorar outra data significativa, pois 21 de outubro de 2015 - daqui a dois dias - é o futuro.



Não vou ficar esmiuçando o enredo na tentativa de fazer um review elaborado pois creio que mesmo quem ainda não assistiu deve ter uma certa noção sobre o que se trata. Basta dizer que é a mistura perfeita de ficção científica, comédia, amizade e dramas corriqueiros que resultaram nesse grande sucesso que não só se manteve como vem crescendo há três décadas. Talvez por possuir um formato e personagens capazes de cativar e gerar identificação com sua geração e as que vieram depois.

De Volta Para o Futuro é uma criação de Bob Gale e Robert Zemeckis. Tudo começou quando Gale descobriu que seu pai foi presidente de classe na época do colegial e passou a se perguntar se teriam sido amigos caso tivessem estudado juntos, uma vez que o presidente de classe de sua turma era um garoto que não tinha nada a ver com ele. Compartilhou seu conceito com Zemeckis e este logo pensou em uma mãe que afirmava ter sido uma adolescente recatada quando na verdade foi o oposto. E assim surgiu a ideia de um filme sobre um garoto que viajasse no tempo e conhecesse seus pais na juventude.

Os filmes trazem uma base familiar muito forte. No primeiro Marty viaja 30 anos para o passado e precisa se empenhar ao máximo para aproximar seus pais e fazê-los se apaixonarem, uma vez que acidentalmente estragou o momento em que se conheceram. No segundo precisa viajar 30 anos no futuro para impedir uma cadeia de eventos catastrófica para seus filhos, e de novo ao passado para reparar uma grande catástrofe causada pelo antagonista Biff Tannen que afetou sua família e a cidade inteira. E no terceiro viaja cem anos ao passado direto para o velho oeste, o que lhe permitiu conhecer seus tataravós. Mas a força da amizade entre Marty e Doc não fica atrás, talvez tendo até um efeito mais marcante. Os esforços para salvar um ao sem importar as consequências que seus atos pudessem ter em outras épocas não tem precedentes. E olha que num primeiro momento os roteiristas acharam que essa amizade não pareceria crível, mas só até criarem o amplificador gigante.



Algo que achei curioso ao pesquisar algumas curiosidades sobre a produção, é que apesar do primeiro rascunho de Back to the Future ter sido finalizado ainda em 1981 houve demora para encontrar um estúdio que quisesse produzi-lo. O filme era considerado "bom, fofo e emotivo" mas não tão sensual como boa parte dos filmes adolescentes lançados naquela época. Em contrapartida, a Disney considerou que uma mãe apaixonada pelo próprio filho (mesmo que ela desconhecesse esse fato) não seria apropriado para um filme familiar sob seu estandarte. Só quando Gale e Zemeckis cederam a tentação de se aliarem a Steven Spielberg - mas só depois que Zemeckis e ele emplacaram Romancing the Stone - é que se estabeleceram na Universal Pictures. Todavia, se analisarmos esses primeiros motivos de recusa dos estúdios talvez possamos concluir que outro ingrediente do sucesso do filme seja esse equilíbrio capaz de agradar diversas faixas etárias.

A trilogia fez tanto sucesso que chegou a virar uma série de desenho animado no início da década de 1990, embora com apenas duas temporadas e um total de 26 episódios. Também deu origem a diversos jogos eletrônicos, um brinquedo no parque da Universal, um musical de teatro e para esse ano está programada uma série de quadrinhos. Mas independente do sucesso, o importante é que Back to the Future continua sendo uma franquia adorada e ainda tem o que render.

Mesmo contrariando as teorias científicas mais aceitas sobre viagem no tempo, a história brinca com a questão de construir o próprio futuro e com isso se tornou tão querida. Pode não ter acertado na questão dos hoverboards em 2015, mas "previu" algumas invenções tecnológicas que vemos hoje. E posso não ter conseguido sintetizar tantas informações para construir um post digno, mas o fato é que Back to the Future conquistou mais uma fã. E tenho certeza que conquistará ainda muitos outros no futuro.

Great Scott!

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