Para o mês de dezembro achamos que seria propício trazer ao Chef Nerd um prato tipicamente natalino. Como a série Grimm além de ter ótimos episódios de Natal também mostra algumas comidas interessantes, se mostrou o tema perfeito. E assim surgiu a ideia de fazer o primeiro post de Natal da coluna com o stollen.
O stollen
é um tipo de pão com frutas cristalizadas tradicional da Alemanha.
Ele se originou do striezel, um pão feito apenas com farinha,
óleo, água e fermento que surgiu lá pelos anos de 1400. O motivo
para os poucos ingredientes é que na época a Igreja Católica
proibia o uso de leite e manteiga na Saxônia durante o período do
Advento. (Não encontrei o porquê da proibição, mas acho que
naquela época não se precisava de motivo pra qualquer coisa.) Por
motivos óbvios, não passava de um pão farinhento e seco. Em 1450 o
Rei Ernest von Sachen e seu irmão Albrecht chegaram a escrever para
Roma pedindo pelo cancelamento do Butter-Verbot (proibição
da manteiga), mas o Papa Nicolau V negou o pedido. Apenas no final do
século, cinco papados depois, que o Papa Inocêncio VIII enviou ao
príncipe uma carta conhecida com Butterbrief (carta da
manteiga) liberando o consumo desses ingredientes pela família real.
Sendo totalmente liberado apenas quando os saxões se tornaram
protestantes. Mas pelo menos deu para criar um stollen decente.
Na cidade
de Dresden (onde aparentemente surgiu o stollen como é feito ainda
hoje) existe a tradição das festas com stollens gigantes. No ano de
1560 os padeiros locais pediram autorização para fazer dois
stollens de 36kg cada na festa de Natal, que foram feitos por oito
mestres confeiteiro e oito auxiliares. Mas essa tradição começou
de fato em 1730, quando o Rei Augusto II da Polônia montou um
acampamento militar de mil hectares nos arredores de Dresden. No
encerramento dos exercícios foi feito um festival barroco para
alegrar os participantes e convidados, e em seu auge foi servido um
mega stollen que pesava 1,8 toneladas e media 7m de comprimento, 8m
de largura e 30cm de espessura. Foi feito pelo mestre confeiteiro
Zacharias e sessenta ajudantes, assado em um forno especial e
precisou ser arrastado até o local por oito cavalos. A festa
continuou sendo realizada anualmente até o início da II Guerra
Mundial. Mas em 1994 os padeiros locais se uniram para retomar a
tradição e assim a Dresdner Stollenfest continua até hoje.
E não
precisa ser gigante, nós trouxemos uma receita na medida certa para
você que quer experimentar. E também para quem quer uma alternativa
para substituir o panetone.
Ingredientes
- 3 e ½ xícaras (chá) de farinha de trigo
- 1 xícara (chá) de leite morno
- 10 gramas de fermento biológico seco
- 1 pitada de sal
- ½ xícara (chá) de açúcar
- ½ xícara (chá) de manteiga
- 2 colheres (sopa) de casca de laranja ralada
- 150 gramas de uvas passas escuras
- 150 gramas de frutas cristalizadas
- 150 gramas de uvas passas claras
- 120 gramas de amêndoas torradas ou nozes
- Açúcar de confeiteiro para decorar
Modo
de preparo
1-
Dissolva o fermento em meia xícara de leite morno e deixe agir por
10 minutos.
2-
Em uma tigela misture a farinha, o açúcar, o sal, mais meia xícara
de leite e a manteiga em temperatura ambiente. Quando estiver
homogêneo acrescente o leite com fermento e misture.
3-
Enfarinhe uma superfície para sovar a massa até soltar das mãos,
acrescentando mais farinha se necessário.
4-
Abra a massa sobre em uma superfície e acrescente a casca de laranja
ralada, as uvas passas, as frutas cristalizadas e as amêndoas ou
nozes. Misture até que que elas estejam por toda a massa. Faça uma
bola e coloque em uma tigela e cubra para deixar crescer até atingir
o dobro do tamanho, aproximadamente 1 hora.
5-
Estique a massa e enrole grosseiramente como um rocambole. Coloque
numa assadeira untada ou com papel manteiga e deixe crescer por
aproximadamente 45 minutos.
6-
Num forno preaquecido a 180°C, asse o stollen até ficar dourado.
Aproximadamente 1 hora.
7-
Assim que tirar o stollen do forno pincele com duas colheres de
manteiga derretida e salpique o açúcar de confeiteiro com auxílio
de uma peneira até que fique todo branco.
8-
Espere até que esteja bem frio antes cortar. Faça o primeiro corte
no meio e tire as fatias a partir dali, com o fim de juntar as duas
partes ao guardar para que não fique seco.
O que
acharam? Se ainda estão na dúvida de fazer ou não, vejam o vídeo
que a gente mostra como é fácil.
E aqui você pode imprimir um pdf da receita. Para baixar o arquivo é só clicar no botão abaixo e pagar o download com um compartilhamento em rede social (pode ser Twitter, Facebook ou Google+).
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Desejamos
a todos um Feliz Natal! E se aparecer um grupo de Kallikantzaroi nas
redondezas, já sabem como se defender.
Fonte:
História:
Vem Pra Pomerode, UOL Comidas e Bebidas e DW
Receita
adaptada de: UOL Comidas e Bebidas
Ficha
Técnica:
Texto:
Gabriela Cerutti Zimmermann
Revisão:
Marina Ribeiro Kodama
Edição
de imagem: Gabriela Cerutti Zimmermann
Filmagem:
Marina Ribeiro Kodama, Álan Monteiro
Narração:
Marina Ribeiro Kodama
Direção:
Marina Ribeiro Kodama, Gabriela Cerutti Zimmermann
Edição
de vídeo: Marina Ribeiro Kodama
Assistentes
de bastidores: Álan Monteiro, Maria Aparecida Cerutti
Zimmermann, Nilson Gilmar Zimmermann
Decoração
de cenário: Álan Monteiro, Maria Aparecida Cerutti Zimmermann,
Nilson Gilmar Zimmermann
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