sábado, 19 de dezembro de 2015

[Crítica] Star Wars: O Despertar da Força


30 anos depois em uma galáxia muito, muito distante.

Sei que aqui no CV não temos o hábito de falar sobre filmes novos (com exceção de alguns posts da Marina na coluna Depósito de Animações). Primeiro porque somos um grupo pequeno para cobrir tantos lançamentos e segundo porque dificilmente conseguimos ver algum sequer na primeira semana. Mas as vezes algumas exceções merecem ser feitas e... Qual é? Estamos falando do novo Star Wars!

Star Wars: O Despertar da Força com certeza calou a boca de todos aqueles que ficaram com "medo" pelo fato de ser produzido pela Disney, e espero que também dos racistas que reclamaram do fato de um dos protagonistas ser negro. (Como se os filmes anteriores não tivessem nenhum personagem importante negro.) Enfim, apesar de só ter adentrado nesse universo no ano passado esperava por esse filme como se o fizesse por toda vida. Isso porque gostei mais desses filmes do que realmente pensava que poderia gostar.

São pouco mais de 2h de sentimentos inexplicáveis. Esse Episódio VII trouxe a verdadeira magia de Star Wars de volta aos cinemas não só por dar continuidade a história dos inesquecíveis Luke, Leia, Han e Chewbacca mas também por trazer novos personagens tão carismáticos quanto eles. Sem falar do roteiro impecável. Em outras palavras, é como uma grande aventura com velhos e novos amigos.



É inegável que o que fez esse filme ser tão aguardado era a possibilidade de descobrir como estavam as coisas 30 anos após a Aliança Rebelde ter derrotado o Império Galáctico de Darth Vader. E a cada rosto conhecido que aparece é impossível não ser tomado por um sentimento de alegria e até euforia. Embora com um toque de tristeza por ver que as coisas não ficaram muito bem e agora precisam lutar contra um novo inimigo, apesar de o conhecerem muito bem. O que acaba tornando tudo ainda mais difícil. Foram felizes por um tempo, mas só por um tempo. Tirando que algumas coisas são como ter o peito atravessado por sabre de luz. Mas há esperança.



O novos personagens só merecem elogios, tanto por suas personalidades quanto pelas atuações impecáveis. Destaque para os novos protagonistas Finn e Rey, o ex-Stormtrooper que se rebela contra a Primeira Ordem e a órfã catadora de lixo que inesperadamente se vê no meio dessa nova guerra. Além de tudo anseiam por descobrir suas origens, ele por ter sido tirado de sua família e ela por ter sido deixada ainda criança no planeta Jakku. Na questão dela foram dadas pistas que ao meu ver foram bem claras, mas uma resposta concreta só no próximo filme. Além de tudo, personagens fortes e fáceis de se identificar. Também merecem destaque a pirata Maz Kanata, amiga de Han Solo e Chewbacca que contém uma sabedoria de mil anos, e Poe Dameron, piloto da Resistência que aparece pouco mas tem importância relevante. Sem esquecer é claro do androide BB-8, que além de provocar uma grande perseguição tem bastante autonomia.



Indo para o Lado Negro da Força temos o novo vilão Kylo Ren, cujas vestes denotam uma aberta reverência a Darth Vader e o motivo não demora a aparecer. É impetuoso e repleto de ódio, mas também bastante estressadinho. Fica claro que não possui controle algum sobre sua raiva, e talvez seja isso que o torne tão perigoso. Também temos a Capitã Phasma, líder dos Stormtroopers, e o General Hux, responsável por transmitir as ordens de Kylo Ren e fazer os discursos inflamados para motivar o exército antes da batalha.

Os efeitos especiais são um show a parte. Quem diz que não se pode ter um espetáculo visual e um ótimo enredo ao mesmo tempo certamente não sabe o que fala. Nada com aspecto computadorizado ou artificial, e até onde me lembro foi a primeira vez que vi em um filme live action o 3D fazer seu papel na cena como um todo e não sé em detalhes. Realmente extraordinário.



O que me chamou bastante atenção foram as referências ao nazismo e a II Guerra de modo geral. A organização da Primeira Ordem lembre em muito os exércitos nazistas, incluindo o uso das cores vermelho, preto e branco. A própria postura e o discurso cheio de ódio de Hux lembra aqueles generais responsáveis por tanta destruição. Por sua vez a Resistência liderada por Leia remete automaticamente à Resistência Francesa e os aliados. E pelo visto, assim como na vida real, ainda haverá muita destruição antes que as coisas acabem.

Um ponto que pra mim foi bastante positivo foi o aumento proporcional e de importância de personagens femininas. Não que Leia não fosse tão importante, mas agora realmente se sente que ela está de igual para igual. Sem falar que era praticamente a única mulher importante na trilogia original, assim como Padmé na trilogia seguinte. E agora além de manter Leia em um posto de liderança foram inseridas três personagens femininas importantes. Nada mais justo para uma franquia que conquista tantas pessoas independente de gênero.

Concluo dizendo que Star Wars: O Despertar da Força não só cumpriu o seu papel como superou as expectativas. Quem me acompanha nas redes sociais viu minha contagem regressiva e fiz questão de assistir na estreia. Um filme incrível, esplendido, digno de ser aplaudido de pé. Mais uma prova de  que essa história de uma galáxia muito, muito distante sempre tem algo a oferecer e muitos fãs a conquistar.

Que a Força esteja com você.

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