quarta-feira, 30 de abril de 2014

Community – Balanço da 5ª temporada


De volta velha forma.

Fazer o balanço de uma série como Community não é nada fácil se levar em conta que a série é várias em uma só. Os episódios temáticos trazem à trama uma roupagem diferente a cada semana, e com a volta de seu criador Dan Harmor a produção fez com que isso voltasse a ser feito com brilhantismo, diferente do que ocorreu na temporada anterior.

Uma boa comédia nem sempre é aquela que te faz gargalhar até sentir dores, mas a que te dá uma visão única sobre algo que não está certo. Essa é a grande tacada de Community, com seus personagens imperfeitos que aprendem com seus erros e nos divertem com as mancadas ocorridas no processo. E nessa temporadas pudemos voltar a ver nossos personagens crescerem com louvor, o que na minha opinião foi o que mais fez falta na 4ª temporada.


Por falar em personagens, tivemos duas grandes perdas. Pierce apesar de ser um dos personagens mais chatos da história da TV tinha seus momentos e fazia parte da mitologia da série, e a atuação de Chevy Chase trazia a ele a chatice necessária. Ele que já estava ausente desde o final da temporada anterior voltou apenas como “fantasma” para dar um fim definitivo (ou não) ao personagem. Já Troy que era um dos mais queridos do público e muito bem vívido por Donald Glover partiu para atender as necessidades do ator e os últimos desejos de Pierce. Partiu em um dos melhores episódios da temporada e em um momento emocionante que levou lágrimas aos olhos dos clones dos fãs. Ambos partiram para não mais voltar, mas quem sabe o que Community reserva pro amanhã? Star-Burns é prova de que em Community o inesperado acontece.

Em compensação tivemos o acréscimo mais que bem vindo de Jonathan Banks. Se em Breaking Bad ele era o bad ass Mike, o ranzinza Professor Hickey não fica pra trás em matéria de ser durão. E os conflitos internos aos quais seus novos alunos o levam não tem preço, principalmente quando se diz respeito a nova partida de Dungeons & Dragons armada para tentar fazê-lo se entender com o filho.


Dar mais enfase aos professores foi um grande acerto, ainda mais agora que Jeff é um deles. Mostrar mais do que apenas os estudantes ajudou no objetivo que antes era dos fãs e nessa temporada virou lema dos personagens: Save Greendale (Save Community). Foram vários esforços e precisaram até embarcar numa louca caçada por Russel Borchert, o fundador de Greendale, para cumprir essa missão. Resta saber se nós fãs cumpriremos a nossa de realizar o desejo de Abed: Six seasons and a movie!

Senti falta das celebrações de datas festivas, mas desde que a série passou a fazer parte de mid season isso deixou de fazer sentido. E talvez até por isso os da temporada anterior tenham soado tão forçados. Os episódios temáticos por outro lado voltaram a sua boa velha forma. Quem além de Community para fazer uma distopia com base num aplicativo de celular? E o que dizer do jogo de lava-quente que serviu como despedida de Troy? Mais uma grande sátira às produções policiais, e que mais uma vez deixou o bandido do cofrinho escapar. Até uma homenagem à G.I. Joe, que conseguiu agradar mesmo aqueles que assim como eu nunca assistiram o desenho. Se continuar assim, os fãs cumprirão com muito gosto a sua missão.

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