sexta-feira, 21 de agosto de 2015

[Minissérie] Wayward Pines (2015)


Não tente partir.

Já faz um certo tempo que não há comentários sobre minissérie no CV, e a verdade é que acompanhei poucas nesse ano. Mas não poderia deixar de falar de Wayward Pines, exibida pela FOX americana entre 24 de Abril e 23 de Julho. Bem como a última minissérie que apareceu por aqui – The Casual Vacancy – trata-se de uma história sobre uma pequena cidade aparentemente idílica mas que esconde muitos segredos. Também é uma adaptação literária, mas, diferente da anteriormente mencionada, foi uma produção instigante.

O Agente do Serviço Secreto Ethan Burke (Matt Dillon) viaja ao interior de Idaho a procura de dois agentes desaparecidos e acaba sofrendo um acidente no meio do caminho. Ele acorda no hospital de Wayward Pines aos cuidados da enfermeira Pam (Melissa Leo), que parece mais querer machucá-lo do que realmente cuidar dele. Ao receber alta, Ethan se vê numa cidade horripilantemente feliz e pacata sem ver a hora de sair dela. Mas o Xerife Pope (Terrence Howard) e os demais moradores não pouparão esforços para impedi-lo de partir.


Enquanto isso, na cidade de Chicago, sua esposa Theresa (Shannyn Sossamon) e seu filho Ben (Charlie Tahan) anseiam por descobrir o que aconteceu com ele e porque ninguém lhes diz nada. Ao perceber que o colegas e superiores de Ethan não apenas sabem a verdade sobre sua missão e seu paradeiro como escondem à sete chaves, Theresa e Ben decidem ir atrás dele por conta própria. Sem imaginar o que irá acontecer com eles e a verdade por trás de tudo isso. Que a verdade é muito maior do que qualquer coisa que poderiam imaginar.

“Surpreendente” e “inimaginável” são duas palavras que permeiam o cerne de Wayward Pines. A minissérie de 10 episódios baseada no livro Pines, primeiro da trilogia Wayward Pines de Blake Crouch, me atraiu por trazer em seu trailer uma atmosfera que lembra em muito a da série Twin Peaks. Também não demorou a saírem notas da crítica especializada dizendo ser uma mistura do tal ícone da década de 1990 com Lost. Geralmente esse tipo de comentário me afasta, mas o fato do autor da obra original ser fã dessas duas produções me levou a dar uma chance. E apesar de se notarem algumas referências, a história se mostra completamente diferente de ambas.


Me interessei por Wayward Pines esperando uma coisa, ao começar pensei ser outra, em poucos episódios vi que era outra coisa totalmente diferente e depois vi que ainda era outra coisa. Sei que ficou confuso, mas uma explicação melhor implica em dar spoilers. Mas o grande segredo está no fator surpresa, em sequer conseguir imaginar o que irá acontecer. Além de levantar várias questões sobre sociedade, política e até moral. Outro ponto positivo é a visão peculiar do criador sobre a questão dos protagonistas, ninguém é importante o suficiente para se manter ileso e inatingível.

Inicialmente a minissérie foi concebida com a intenção de poder ser renovada e virar uma série de (acredito eu) pelo menos três temporadas. Mas por ter ficado engavetada por dois anos – foi gravada em 2013 – o elenco acabou arranjando outros trabalhos e tornou a renovação inviável apesar da boa audiência. (Boa FOX!) Embora recentemente tenham saído notícias de que Crouch estaria negociando com o produtor M. Night Shyamalan e os executivos do canal a possibilidade de retorno. Todavia, Wayward Pines teve um daqueles finais que encerram a história mas também poderia ter continuidade. Só sei que fiquei mais curiosa para conferir os livros, que começaram a ser publicados no Brasil esse ano pela Editora Planeta.

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