Senhoras
e senhores. Como bem devem saber, a estreia do final
da saga Jogos Vorazes com a segunda parte da adaptação de A Esperança foi antecipada para hoje. Levando em consideração que a trama é repleta
de pratos cuja descrição nos livros são de dar água na boca e o
visual apresentado nos filmes não deixa nada a desejar, achamos que
seria digno trazer um deles para nossa humilde coluna. Essa ideia
também resultou num texto escrito a “quatro mãos” por Ítalo e
Gabriela, uma vez que ele é o verdadeiro fã da saga de Suzanne
Collins aqui no CV. Mas voltando ao que interessa, depois de
muito pensar e pesquisar decidimos que nosso tributo seria o pão de
queijo.
Ao
pesquisar sobre a origem do pão de queijo só encontramos a história
de seu surgimento na América do Sul, especialmente no Brasil. Mesmo
quando se procura por cheese buns, como são chamados no
idioma original dos livros. Sendo a autora nascida nos Estados
Unidos, onde também se passa sua trilogia em um futuro distópico em
que o país foi praticamente destruído por guerras e diversidades
climáticas, só podemos supor que ela gosta muito dos que são
exportados para lá.
Enfim, a
origem do pão de queijo é um tanto incerta, mas acredita-se que
aqui no Brasil ele tenha surgido em fazendas de Minas Gerais ainda no
século XVIII, em plena época de escrevidão. Isso porque naquela
época os senhores das fazendas tinham costume de comer pão, mas o
trigo era muito caro – uma vez que só passou a ser cultivado por
aqui por volta do século XX – e geralmente de má qualidade. O
jeito foi usar farinha de mandioca/polvilho, que já era muito
produzida por aqui. Nessa mesma época houve um excedente no estoque
de queijo de minas, que começou a ficar velho e duro (queijo
curado). E para que não houvesse desperdício foi ralado e misturado
a massa, o resto é história. Outros países como Colômbia,
Paraguai, Argentina e Equador tem pratos semelhantes como o
pandebono, chipá e pan de yuca respectivamente. Só que alguns são
feitos com farinha de milho.
Desde o
início da trilogia somos apresentados aos dotes culinários da
família Mellark. Donos de uma padaria, Peeta e família são
conhecidos no Distrito 12 quando o assunto são pães, bolos e tudo
que se refere a confeitaria. Aliás, quem não se lembra no primeiro
livro (e filme) da cena em que Peeta está no Centro de Treinamento e
apresenta sua especialidade na camuflagem? Ou até mesmo na arena,
quando ele se camufla nas rochas do riacho?
Nos
livros, as referências à culinária de confeitaria de Peeta estão
sempre presentes, nas descrições de produtos ou até mesmo
lembranças e devaneios. Sobre os pães de queijo, eles apareceram em
um momento crucial para o desenrolar da trama (tal é a importância
da cena que ainda não perdoei do produtores e roteiristas do filme
por terem abandonado esse ponto). Então vamos lá, de volta para o
Capítulo 10 do livro Em Chamas. No capítulo em questão
vemos Katniss fugindo do Distrito 12 em direção à floresta, ao
encontro de um porto seguro, algo que pudesse amenizar a dor e a
angústia que a pobre menina sentia, até encontrar a Twill e a
Bonnie, fugitivas do Distrito 8 e estão indo em direção ao extinto
Distrito 13. A fome que assola Twill e Bonnie, juntamente com a
história contada por ambas, acaba amolecendo o coração da Katniss,
fazendo com que a Garota em Chamas repartisse dois pães
frescos com uma camada de queijo por cima. Pães que eram os
favoritos da Katniss e feitos por Peeta.
Quando
falo que o desenrolar da trama é essencial para o enredo do livro e
da história como um todo está no fato da descoberta de Katniss que
o Distrito 13 está mais vivo do que é repassado pela capital aos
habitantes de Panem. O Distrito 13 está reconstruído sob os
escombros e se tornou um centro da rebelião e do levante contra a
Capital, algo que se tornou ainda mais vivo com o Tordo, a Katniss,
mesmo sem ela saber.
Consideramos
usar uma receita tipicamente brasileira, mas a Cassandra Reeder do
blog The Geeky Chef (no qual nos inspiramos muito) criou uma
receita muito especial que sentimos muita necessidade de testar. E
depois do teste feito soubemos que não poderia ser outra.
Ingredientes
- 3 xícaras (chá) de farinha de trigo
- 1 (10g) envelope de fermento biológico seco
- 1 colher (sopa) de açúcar
- 1 colher (chá) de sal
- ¾ de xícara (chá) de queijo cheddar finamente picado
- ¾ de xícara (chá) de queijo gruyere ralado
- ½ xícara (chá) de leite morno
- ½ xícara (chá) de água morna
- 4 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva
Modo
de preparo
1-
Coloque metade da farinha (1 ½ xícara), o açúcar, o sal e o
fermento em uma tigela grande e misture. Adicione apenas ½ xícara
de cada queijo e misture.
2-
Acrescente o leite morno, a água morna e 1 ½ colher do azeite. Bata
por mais ou menos 5 minutos. Aos poucos, acrescente o restante da
farinha até obter uma massa macia.
3-
Coloque a massa sobre uma superfície enfarinhada. Sove-a até que
ela fique elástica e não pegajosa, acrescentando mais farinha se
for necessário.
4-
Coloque a massa em uma tigela untada virando a massa para untar todos
os lados, cubra com filme plástico e deixe descansar em um ambiente
morno por mais ou menos meia hora.
5-
Soque a massa para baixo, cubra novamente e deixe descansar por mais
10 minutos.
6-
Finalmente corte a massa em partes iguais do tamanho que considerar
ideal, faça uma bolinha com cada uma das partes e mergulhe-as no
azeite de oliva.
7-
Arrume-as em uma assadeira untada, cubra com papel toalha e deixe
repousar em um lugar morno por mais ou menos 1h.
8-
Pré aqueça o forno a 190°C e polvilhe o queijo que sobrou em cima
das bolinhas. Asse por aproximadamente 35 minutos ou até as
bolinhas estarem firmes e douradas. Deixe esfriar por 5 minutos.
Gostaram?
Sei que parece estranho um pão de queijo com farinha de trigo, mas
fica muito bom mesmo. Agora vem a parte mais divertida, o vídeo.
E aqui você pode imprimir um pdf da receita. Para baixar o arquivo é só clicar no botão abaixo e pagar o download com um compartilhamento em rede social (pode ser Twitter, Facebook ou Google+).
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Fonte:
História:
Maricota Alimentos,
Escola Kids
Receita
adaptada de: The Geeky Chef
Ficha
Técnica:
Texto:
Gabriela Cerutti Zimmermann, Ítalo Santana
Tradução
e adaptação: Carla Irene Zampieron, Gabriela Cerutti
Zimmermann
Revisão:
Marina Ribeiro Kodama
Edição
de imagem: Gabriela Cerutti Zimmermann
Filmagem:
Marina Ribeiro Kodama
Narração:
Marina Ribeiro Kodama
Direção:
Marina Ribeiro Kodama, Gabriela Cerutti Zimmermann
Edição
de vídeo: Marina Ribeiro Kodama
Assistentes
de bastidores: Carla Irene Zampieron, Álan Monteiro, Maria
Aparecida Cerutti Zimmermann, Rafael Mafetoni
Decoração
de cenário: Carla Irene Zampieron, Álan Monteiro, Maria
Aparecida Cerutti Zimmermann, Rafael Mafetoni
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