Mais
uma temporada de batalhas épicas.
Se
eu pudesse fazer um pedido aos deuses
seria
para que Vikings
fosse
mais reconhecida. Por Odin, que série! O início da temporada pode
sim ter sido um tanto morno, mas isso já é de costume e logo a
trama voltou a apresentar aquele ritmo incrível que amamos.
A
verdade é que Vikings
mais
uma vez mostrou que sabe ir com calma, sabe agir rápido e, acima de
tudo, sabe surpreender.
Praticamente
metade da temporada foi usada para o desenrolar do acordo entre, os
agora,
Rei Ragnar e Rei Ecbert. Os dois deveriam unir seus exércitos para
auxiliar a Princesa Kwenthrith a recuperar o reino da Mércia tomado
por seu tio. Em troca, os vikings ganhariam terras inglesas para
cultivar. As batalhas foram épicas como de costume, embora tenham
levado a inesperada e triste morte de Torstein.
Infelizmente
nessas histórias alguém sempre tem que morrer. Enfim, recuperaram o
reino e ainda restava espaço para uma surpresinha quando Kwenthrith
matou o irmão que tanto dizia amar para se garantir como única
soberana. E eu achava que Rei Ecbert era o
louco...
O
assentamento viking nas terras britânicas parecia que ia dar certo,
ainda mais com os esforços de Lagertha e Athelstan para
estabelecê-lo. Todavia, já sabíamos que Rei Ecbert não é de dar
pontos sem nó. Mas não conseguia imaginar o que ganharia com isso,
ainda mais depois de tanto paquerar Lagertha e não botar empecilho
nenhum no caso de sua nora Judith e Athelstan.
Quando
Aethelwulf foi com o exército dizimar a vila e nos foi revelado que
esse sempre foi o plano, o choque foi grande. Infelizmente Ragnar só
descobriu pouco antes de partirem para invadir Paris e não teve
tempo de revidar,
apesar
de ter matado o sobrevivente que avisou-o sobre o massacre não
duvido que ainda fará algo a respeito. Mas o que ele fará quando
descobrir que Kwenthrith teve um filho dele, ou ao menos é o que
diz, nem consigo imaginar.
Já
que mencionei Lagertha, achei que foi pouco aproveitada nessa
temporada. Começou recebendo previsões preocupantes do Ancião, não
esteve presente nas batalhas na Inglaterra, mas teve um bom destaque
estabelecendo o assentamento. Até aí estava tudo bem. Porém,
quando
Kalf usurpou seu condado achei que iria botar tudo abaixo pra se
vingar dele. Talvez essa até fosse a intenção, mas Ragnar se meteu
na frente e ofereceu um acordo para Kalf ajudar a invadir Paris. Só
espero que na próxima temporada Lagertha cumpra sua promessa e mate
o usurpador. Não creio que ela vá se deixar levar pela conversa de
apaixonado dele.
Na
temporada anterior, considerei Potunn o par ideal para Bjorn. Ele
sempre admirou a força da mãe e não restava dúvida de que queria
uma mulher tão forte quanto ela, Porunn parecia ser essa mulher. Não
nego que foi brilhante nas batalhas em que esteve, mas depois do
ferimento que desfigurou parte de seu rosto, ela ficou totalmente
intransigente. Talvez não quisesse admitir que Bjor estava certo em
não querer que ela lutasse quando já estava grávida, mas quando
ela começou a afastá-lo sem importar o quanto ele demostrasse que
sua aparência não importava, ficou insuportável. Chegou a
abandonar a filha para que Aslaug a crie como uma viking. Só quero
ver quando Bjorn descobrir que Porunn o deixou.
Quem
me surpreendeu positivamente foi Aslaug. Ainda não simpatizo
totalmente com ela, mas a personagem evoluiu muito depois do
nascimento Ivar. E também por se sentir culpada pela, inesperada e
triste, morte de Siggy enquanto ela foi passar um tempo com o
Andarilho Harbard e seus filhos escaparam. Sim, ela evoluiu depois
disso. Começou a ser perceptível quando Porunn em trabalho de parto
disse não querer o bebê por temer que fosse fraco, e lhe disse (por
experiência própria) que talvez o amasse mesmo assim. E ainda lhe
aconselhou quando a moça começou a insinuar que deixaria a filha,
embora não tenha adiantado muito. Mas se ela continuar assim posso
passar a gostar dela.
A
morte de Siggy também mexeu muito com Rollo, que já vinha
apresentando mudanças. Parou de implicar com Ragnar por
mesquinharias, o que me irritava, para se opor apenas no realmente
necessário. Sempre admirei Rollo no papel de tio, e houve momentos
em que deu a Bjorn os conselhos e apoio que deveriam vir de Ragnar.
Contudo, seu verdadeiro momento chegou na invasão a Paris, lutando
like
a Marvel's hero.
Não só pelas lutas, mas por ter se candidatado para ficar até a
próxima invasão e recebeu
do
Imperador Charles a mão da Princesa Gisla em casamento. Caso
seguirem
a história real, Rollo logo irá entender por que o Ancião lhe
disse que dançaria nu na praia se soubesse o que os deuses lhe
reservavam.
Sempre
gostei muito de Athelstan e Floki, e o destino de ambos nessa
temporada me entristeceu um pouco. O primeiro se dividiu entre ceder
a tentação da carne e reassumir sua fé cristã, chegou a ter um
caso com Judith e pouco depois avisou Ragnar que não poderia mais
adorar os vários deuses nórdicos. Enquanto o segundo só deixava
sua inveja e sua loucura crescerem. Floki acabou matando Athelstan
num ímpeto de raiva, sem que esse sequer tivesse a chance de
descobrir que teve um filho chamado Alfredo. Mas nem imaginou o
quanto isso influenciaria na invasão a Paris.
Enfim
chegamos a Ragnar e a invasão de Paris. Athelstan foi a grande
influência para Ragnar decidir invadir o reino da Frankia, e estava
auxiliando nos planos de invasão. Sua morte poderia ter acabado com
tudo, mas só instigou ainda mais Ragnar a continuar. Não é de hoje
que sabemos o quanto ele é imprevisível e sempre está três ou
quatro passos a frente dos demais. Fiquei assistindo-o deixar Floki
no comando do primeiro ataque sem entender onde queria chegar. E
assim foi a cada etapa daquela sequência que seria digna de ser
vista numa sala de cinema. E o melhor ainda estava por vir.
Ragnar
ficou muito doente, aceitou a oferta do Conde Odo em troca de ser
batizado para que assim pudesse ir para o paraíso reencontrar
Athelstan, pediu para Floki fazer um último barco e durante tudo
isso fiquei pensando que ele ficaria bem. Não gosto do Ragnar,
admiro seus estratagemas mas não consigo desconsiderar o quanto ele
machuca aqueles ao seu redor. No entanto, foi difícil não sentir um
certo aperto no peito quando Bjorn fechou o barco funerário e avisou
a todos que podiam ir falar com ele, e lá foram Lagertha, Rollo e
Floki. Um homem difícil de amar, mas ainda mais difícil é não
sentir nada por ele. Creio que as palavras de Floki resumam bem os
sentimentos de muitos: “Eu
te odeio, Ragnar Lothbrok! E eu te amo com todo o meu coração. Por
que você me faz chorar tanto?”
Não
conseguia parar de pensar que a história dele não podia acabar
assim, que talvez ele não estivesse morto de verdade. E mesmo assim
me surpreendi quando jogou a tampa do barco pra longe e levantou no
meio da catedral. Aquela sequência de fazer a Princesa Gisla de
refém e levá-la até os portões para que seu povo entrasse com
segurança sob o comando de Bjorn enquanto o Imperador Charles
desmaiava, esse certamente não se parece com seu avô Carlos Magno,
foi épica. Começar a invasão por dentro foi genial, e confirmou a
previsão do Ancião de que os mortos dominariam Paris.
A
temporada acabou com boa parte voltando pra casa sem imaginar que
Rollo, que deveria manter as instalações para a próxima invasão,
está fazendo acordos com o Imperador. E a revelação de que Ragnar
sabe sim que foi Floki quem matou Athelstan. Como fica amizade deles
agora é uma grande questão. A próxima temporada começa só em
2016, mas o History
Channel
já
liberou algumas imagens. Pelo visto Bjorn terá ainda mais destaque,
e por ter dado vislumbres de que pode ser um líder melhor que seu
pai isso é muito positivo. Será uma longa espera pela 4ª
temporada.