Back to the Future Theme Song - Alan Silvestri
Há muito
tempo tinha vontade de conferir a trilogia De Volta Para o Futuro,
as aventuras de Marty McFly e do Doutor Emmet Brown que marcaram
gerações e deixaram seu legado para a história do cinema. Como em
2015 completam-se 30 anos do lançamento do primeiro filme não havia
mais motivos para esperar, e gostaria de ter feito isso há tempo
para uma postagem especial em 3 de julho, aniversário do lançamento
original. Entretanto, consegui realizar a experiência a tempo de
comemorar outra data significativa, pois 21 de outubro de 2015 -
daqui a dois dias - é o futuro.
Não vou
ficar esmiuçando o enredo na tentativa de fazer um review elaborado
pois creio que mesmo quem ainda não assistiu deve ter uma certa
noção sobre o que se trata. Basta dizer que é a mistura perfeita
de ficção científica, comédia, amizade e dramas corriqueiros que
resultaram nesse grande sucesso que não só se manteve como vem
crescendo há três décadas. Talvez por possuir um formato e
personagens capazes de cativar e gerar identificação com sua
geração e as que vieram depois.
De
Volta Para o Futuro é uma criação de Bob Gale e Robert
Zemeckis. Tudo começou quando Gale descobriu que seu pai foi
presidente de classe na época do colegial e passou a se perguntar se
teriam sido amigos caso tivessem estudado juntos, uma vez que o
presidente de classe de sua turma era um garoto que não tinha nada a
ver com ele. Compartilhou seu conceito com Zemeckis e este logo
pensou em uma mãe que afirmava ter sido uma adolescente recatada
quando na verdade foi o oposto. E assim surgiu a ideia de um filme
sobre um garoto que viajasse no tempo e conhecesse seus pais na
juventude.
Os filmes
trazem uma base familiar muito forte. No primeiro Marty viaja 30 anos
para o passado e precisa se empenhar ao máximo para aproximar seus
pais e fazê-los se apaixonarem, uma vez que acidentalmente estragou
o momento em que se conheceram. No segundo precisa viajar 30 anos no
futuro para impedir uma cadeia de eventos catastrófica para seus
filhos, e de novo ao passado para reparar uma grande catástrofe
causada pelo antagonista Biff Tannen que afetou sua família e a
cidade inteira. E no terceiro viaja cem anos ao passado direto para o
velho oeste, o que lhe permitiu conhecer seus tataravós. Mas a força
da amizade entre Marty e Doc não fica atrás, talvez tendo até um
efeito mais marcante. Os esforços para salvar um ao sem importar as
consequências que seus atos pudessem ter em outras épocas não tem
precedentes. E olha que num primeiro momento os roteiristas acharam
que essa amizade não pareceria crível, mas só até criarem o
amplificador gigante.
Algo que
achei curioso ao pesquisar algumas curiosidades sobre a produção, é
que apesar do primeiro rascunho de Back to the Future ter sido
finalizado ainda em 1981 houve demora para encontrar um estúdio que
quisesse produzi-lo. O filme era considerado "bom, fofo e
emotivo" mas não tão sensual como boa parte dos filmes
adolescentes lançados naquela época. Em contrapartida, a Disney
considerou que uma mãe apaixonada pelo próprio filho (mesmo que ela
desconhecesse esse fato) não seria apropriado para um filme familiar
sob seu estandarte. Só quando Gale e Zemeckis cederam a tentação
de se aliarem a Steven Spielberg - mas só depois que Zemeckis e ele
emplacaram Romancing the Stone - é que se estabeleceram na
Universal Pictures. Todavia, se analisarmos esses primeiros
motivos de recusa dos estúdios talvez possamos concluir que outro
ingrediente do sucesso do filme seja esse equilíbrio capaz de
agradar diversas faixas etárias.
A
trilogia fez tanto sucesso que chegou a virar uma série de desenho
animado no início da década de 1990, embora com apenas duas
temporadas e um total de 26 episódios. Também deu origem a diversos
jogos eletrônicos, um brinquedo no parque da Universal, um
musical de teatro e para esse ano está programada uma série de quadrinhos. Mas
independente do sucesso, o importante é que Back to the Future
continua sendo uma franquia adorada e ainda tem o que render.
Mesmo
contrariando as teorias científicas mais aceitas sobre viagem no tempo,
a história brinca com a questão de construir o próprio futuro e
com isso se tornou tão querida. Pode não ter acertado na questão
dos hoverboards em 2015, mas "previu" algumas invenções tecnológicas que vemos hoje.
E posso não ter conseguido sintetizar tantas informações para
construir um post digno, mas o fato é que Back to the Future
conquistou mais uma fã. E tenho certeza que conquistará ainda
muitos outros no futuro.
Great
Scott!
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