Título:
Bad Twin
Autor:
Gary Troup
Edição:
1/2007
Editora:
Ediouro
Páginas:
272
Sinopse:
Um
mistério que vai fascinar até mesmo os que não são fãs da série
Lost.
O grande escritor Gary Troup, desaparecido desde o incidente do voo
Oceanic 815, deixa para o público o seu último romance.
Comentários:
Algo que
fez parte da mitologia de Lost e teve uma certa aura de
mistério por algum tempo foi o livro Bad Twin. Ou melhor, o
manuscrito de um autor que não sobreviveu a queda do voo 815. Esse
manuscrito foi lido por vários sobreviventes, principalmente Hurley
e Sawyer. E por ser uma das peças chaves do jogo de realidade
alternativa The LOST Experience, acabou vindo para a vida
real.
Bad
Twin é um romance policial sobre um detetive particular que
precisa se colocar a prova e mostrar a si mesmo do que é capaz. Paul
Artisan estava cansado de trabalhar com casos de fraude trabalhista e
adultério, e desejava um caso que exigisse de verdade seu talento e
desafiasse suas habilidades. Seu sonho vira realidade quando Cliff
Widmore o contrata para encontrar Zander Widmore, seu irmão gêmeo
idêntico desaparecido há quatro meses.
A
primeira vista parece que Cliff é o irmão certinho e dedicado
enquanto Zander é a ovelha negra da família. O gêmeo bom e o gêmeo
mau. Mas a cada pista revelada e conversa com Manny, um professor
aposentado e melhor amigo com quem divide os cuidados do cachorro
Argos, o quadro parece mudar sua pintura. Mas não se podia esperar
algo diferente de um caso que põe em jogo uma herança milionária.
Ou simplesmente por envolver pessoas. Afinal de contas, as pessoas
não são apenas uma coisa ou outra.
Não
tenho muita familiaridade com o gênero policial, pelo menos não em
livros. Mas gostei bastante de Bad Twin. A história é
bastante ágil e cheia de reviravoltas, e ainda tem personagens e
situações verossímeis. São intercaladas as partes de investigação
e da vida pessoal de Paul, quando ele analise tudo que vem juntando.
A maior parte da ação fica no final, e é muito boa. Mas preciso
admitir que minhas partes preferidas foram as em que Paul conversa
com Manny enquanto passeiam com seu labrador chocolate no parque.
Isso porque Manny é aquele tipo de senhor superinteligente que faz
mil conjecturas e consegue ver as situações por diversos ângulos.
Simplesmente adorei o personagem.
Apesar de
não fazer parte do enredo de Lost, a trama de Bad Twin
traz muitos elementos da mitologia da série. Alguns são bem
explícitos como o nome Widmore, a Fundação Hanso, os números, o
Mr. Clucks e a Oceanic Airlines. Outros estão entrelaçados à
narrativa, como o mote da dualidade, menções a características de
lugares e até mesmo as referências literárias que sempre marcaram
presença na série. Estas se fizeram presentes através de Manny, o
que contribuiu ainda mais para que eu gostasse do personagem.
Todavia, as ligações foram muito bem feitas.
A
narrativa é simples e os capítulos curtos, o que torna a leitura
fácil e rápida. Mesmo assim a história e os personagens conseguem
ser profundos e fazer refletir. Por Gary Troup ser apenas um
personagem houve certo mistério sobre a verdadeira autoria de Bad
Twin. Por um tempo houve rumores de que teria sido Stephen King,
fã confesso de Lost. Até que em Junho de 2006 o Daily
Variety revelou que o verdadeiro autor é o
romancista/ghostwriter Laurence Shames. Apesar de algumas críticas
(inclusive dos produtores) e de uma pequena falha temporal,
considerei um bom livro que poderia ser lido por qualquer um.
Mas não faz mal, Paula. Na verdade até quem não viu Lost pode ler o livro, já que as ligações são apenas easter eggs.
ResponderExcluirAbraço!
Gabi, que livro interessante! Eu não o conhecia, não. Mas pelos comentários, vale a pena ser livro... um mistério com elementos de LOST é, no mínimo, apreciável.
ResponderExcluirAbraços.
http://universoliterario.blogspot.com/
Vale mesmo, Fran. O livro é bem interessante e é uma delícia ficar caçando os elementos de Lost.
ResponderExcluirAbraço!
Oi Gabi,
ResponderExcluirComo comentei no outro post, tbm gostei bastante de bad twin.
Li quando a série estava no ar, então ja faz um bom tempo, mas tbm lembro ter gostado de manny. Tbm lembro q achei o caso em si bem interessante
N sabia q tinham descoberto quem era o autor do livro.
Abraço,
Alê
www.alemdacontracapa.blogspot.com
Manny é um personagem adorável! Acho que não tem como não gostar dele, Alê. O caso é mesmo bem interessante com todo o jogo psicológico, e a leitura é agradável. Descobri sobre o verdadeiro autor procurando informações sobre o livro no Lostpédia, também não sabia até escrever a resenha.
ResponderExcluirAbraço!